sábado, 5 de março de 2011
Se PSS tinha aquele gosto de “Já li isso em alguma dessas finadas revistas de música”, Mapas do Acaso é muitas vezes desmistificador no que tange sua trajetória artística, sua formação intelectual e a importância da família. Muitas vezes tive a impressão de estar lendo revelações que ele jamais faria em outro veículo de comunicação. Histórias aparentemente banais, mas que nunca na história dessa banda ninguém teve coragem de contar, agora vem à tona em tom de desapego com o mito que se criou em torno dos Engenheiros do Hawaii.
Letras inéditas, nos deparam com fragmentos de canções conhecidas e nos mostra um Humberto Gessinger desconstruído em Mapas do Acaso, desapegado do mito.
Outra passagem que me chamou bastante a atenção foi o relato de que Sincronicity, o disco conceitual do Police, também o impressionou. Carlos Maltz já havia relatado o mesmo em seu Abilolado Mundo Novo e isso ratificou minha vontade de ouvir The Police.
- Eu decidi dizer que eu nunca fui o tal.
Mapas do Acaso não é o livro definitivo sobre a Engenharia Hawaiana, não é a bíblia do processo criativo gessingeriano, provavelmente não vire filme nem entre pra lista dos best-sellers, mas vai proporcionar a muitos algumas boas horas de uma agradável leitura.
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