terça-feira, 12 de agosto de 2008
“O acústico que não foi acústico, ou, o não acústico que é um acústico”
“Não peça perdão, a culpa não é sua”. Culpa , sentimento impresso nos primeiros versos deste que é umas das obras primas Eng haw e o melhor entre os álbuns ao vivo da discografia Eng Haw. Mas, ao pensar na palavra CULPA, que pode ser advinda da individualidade ou do coletivo, me vem à cabeça outro artifício igualmente abstrato e que também pode vir do individual ou do coletivo, a habilidade. E habilidade, é o que sobra neste disco. E ao falar deste disco, fica impossível pensar na palavra individual, pois, é sem duvida um trabalho altamente coletivo, no que tange melodias,arranjos e produção.
Vem então, a noticia de um disco ao vivo, gravado num teatro carioca e desplugado.- Ah, nesta época esta onda de acústicos, principalmente para um moleque de 13 anos ainda era algo a ser explorado.
Explorar, esta seria a palavra (senão, degustação) ao falar agora, vias de fato, do novo. Trabalho da banda. Algo surpreendentemente e audacioso: o novo álbum daquela banda, ora tão massacrada pela mídia e por tanto de nossos amigos, mas, agora com um disco que cala ate hoje a boca de boa parte deles (quiçá, de todos)
Confesso que, como boa parte do publico, principalmente o eng haw as fichas não cairiam nas primeiras audições deste cd. Mas, depois que caiu minha ficha então, Como que passou se incrível ouvir as nuances de jaz e de folk presentes neste cd, as musicas com orquestra, e ver como são belas e tão distintas tematicamente entre si as 04 inéditas... Como era deliciosa a guitarra em “PRA ENTENDER” e “ALÉM DOS OUTDOORS”, a bateria também no inicio desta ultima é demais. O entrosamento banda e orquestra, e letra e voz
Tenho um amigo, igualmente ENG HAW, que diz que ás vezes dá pra entender (sem trocadilhos) o fim da banda pouco depois deste lançamento, pois, tava ali o máximo de uma banda, o seu supra-sumo (termo tão usado pelo HG nesta época) musical. Fiquei boa parte da década de 90 falando que às vezes me dava vontade de não ter sido ENG HAW, para poder falar com total isenção da magnitude deste cd, de tão incrível que é saber que tudo saiu de forma tão despretensiosa e, que foi então pouco ensaiado como era longe de ser um cd comercial.
Por: Max Air Otero (muito prazer, meu nome é Otero)
4 comentários:
o disco é realmente fantástico.
Um dia escrevo um disco de um disco tão bom quanto e um pouco mais incompreenido que o Filmes (se é que é possível). O Minuano.
inté povo
ótimo disco e um ótimo texto.
o blog tá 10
Belo texto. Se o Alívio Imediato é o máximo que a banda pode oferecer, o que é o FGCA?
caraca, o que falar desse disco extraordinário, dissem as boas (ou más) linguas que neste disco o trio glm teriam atingido o ápice, não tinha mais pra onde ir, sei lá dúvido disso. a única coisa que sei, é que esse disco tem uma deliciosa ousadia que desde a década de 70 não se ouvia em musica popular brasileira. o som é jazz ,mas ao mesmo temp onã oé jazz tbm, ganhou a banda por usar o som se cair nos clichês do genêro...como na versão bossa de muros e grades (que tbm não é bossa 0.0)..mas peraí se nã oé jazz nem bossa nem rock o que é então? simplesmente Engenheiros do Hawaii... é por isso ^^
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